Hoje as pessoas desejam uma relação compatível com os tempos modernos : com
individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma
relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu
bem-estar.
A ideia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o
romantismo está desaparecendo. Isso é parte da premissa de que somos uma
fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos
completos.
O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração. Não é
salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem.
O homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de ir se
reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou. Mudamos e isto já passou
por uma transformação.
Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com
egoísmo. O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que
vem do outro, seja ela financeira ou moral.
A nova forma de amor, ou mais amor,
tem nova feição e significado.
Visa à aproximação de dois inteiros,
e não a união de duas metades.
E é viável para quem conseguir trabalhar
com sua individualidade.
A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Cada cérebro é único. Nosso
modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém.
Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que
fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto. Ao perceber isso, ele se torna menos
crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de
ser de cada um.
O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável. Nesse tipo de ligação,
há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado.
Não busque ser perdoado por alguém,
pois você tem de aprender a perdoar a si mesmo...
Um comentário:
Incrível! Não tinha lido esse texto ainda e só posso dizer que o achei muito bom. A única coisa com a qual não concordo é quando o autor diz que esse "novo amor" venha como parte do avanço tecnológico. Na minha opinião, vem pelo avanço espiritual, pela necessidade de se conhecer, respeitar e amar, antes mesmo de conhecer ao outro. Mas essa é a única restrição ao texto...(que modéstia a minha...rs). No restante, concordo plenamente.
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