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sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Agir ou não agir? - Prince Cristal

Na filosofia oriental toda a atividade do homem é trágica,
cheia de culpa ou Karma porque quem age é o EGO.

EGO é uma ilusão funesta
EGO é negativo e tomado de culpa e maldade. 

Estamos então, sempre diante
de um dilema inevitável:
Agir e nos onerarmos de culpa ou
não agir e assim nos preservar da culpa.

Mas existe uma terceira opção:

Agir sem nos onerar de culpa.
Agir por amor ao EU VERDADEIRO e não ao EGO. 

Você veio ao mundo como um quadro em branco...
foi formado e condicionado a perceber
de maneira consistente com as experiências que teve
com as pessoas com quem se associou.

Todo mundo tem uma escolha na vida:
criador ou critico,
amoroso ou rancoroso,
doador ou tomador.

Por mais paradoxal que seja,
quando você muda seu modo de pensar,
você muda sua vida. 

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Oração Celta


I
Que jamais, em tempo algum,
o teu coração acalente ódio.

Que o canto da maturidade
jamais asfixie a tua criança interior.

Que o teu sorriso seja sempre verdadeiro.

Que as perdas do teu caminho
sejam sempre encaradas como lições de vida.

Que a musica seja tua companheira
de momentos secretos contigo mesmo.

Que os teus momentos de amor contenham a magia
de tua alma eterna em cada beijo.

Que os teus olhos sejam dois sóis
olhando a luz da vida em cada amanhecer.

Que cada dia seja um novo recomeço,
onde tua alma dance na luz.

Que em cada passo teu fiquem marcas luminosas
de tua passagem em cada coração.

Que em cada amigo o teu coração faça festa,
que celebre o canto da amizade profunda que liga as almas afins.

Que em teus momentos de solidão e cansaço,
esteja sempre presente em teu coração
a lembrança de que tudo passa e se transforma,
quando a alma é grande e generosa.

Que o teu coração voe contente nas asas da espiritualidade consciente,
para que tu percebas a ternura invisível,
tocando o centro do teu ser eterno.

Que um suave acalento te acompanhe, na terra ou no espaço,
e por onde quer que o imanente invisível leve o teu viver.

Que o teu coração sinta a presença secreta do inefável!

Que os teus pensamentos e os teus amores,
o teu viver e a tua passagem pela vida,
sejam sempre abençoados por aquele amor que ama sem nome.

Aquele amor que não se explica, só se sente.
Que esse amor seja o teu acalento secreto,
viajando eternamente no centro do teu ser.

Que este amor transforme os teus dramas em luz,
a tua tristeza em celebração,
e os teus passos cansados
em alegres passos de dança renovadora.

Que jamais,
em tempo algum,
tu esqueças da Presença que está em ti e em todos os seres.

Que o teu viver seja pleno de Paz e Luz!




II

Que a estrada se abra à sua frente,

Que o vento sopre levemente às suas costas,

Que o sol brilhe morno e suave em sua face,

Que a chuva caía de mansinho em seus campos...

E, até que nos encontremos de novo,

Que os Deuses lhe guardem na palma de Suas mãos.




III

Que despertes para o mistério de estar aqui
e compreendas a silenciosa imensidão da tua presença.

Que tenhas alegria e paz no templo dos teus sentidos.
Que recebas grande encorajamento quando novas fronteiras acenam.

Que respondas ao chamado do teu Dom
e encontre a coragem para seguir-lhe o caminho.

Que a chama da raiva te liberte da falsidade.
Que o ardor do coração mantenha a tua presença flamejante
e que a ansiedade jamais te ronde.

Que a tua dignidade exterior
reflita uma dignidade interior da alma.

Que tenhas vagar para celebrar os milagres silenciosos
que não buscam atenção.

Que sejas consolado na simetria secreta da tua alma.

Que sintas cada dia como uma dádiva sagrada
tecida em torno do cerne do assombro.


 Deus nos Abençoe

domingo, 19 de julho de 2020

Filho meu - Prince Cristal

Filho meu, não te retraias quando
 te sentires sob minha disciplina.

Nunca faço mais do que podes suportar, 
mas, muitas vezes, eu sei que é mais 
do que podes pensar.

Acaso aceitas o cálice do sofrimento com tanta prontidão como aceitas o da alegria?

Só poderás beber o do sofrimento 
de igual modo que tomares o da alegria, 
se tua confiança em mim aumentar.

Se creres que tudo faço para teu bem,
acharas boas todas as coisas, e
compreenderás que tais circunstâncias passam primeiro pelo meu 
Amor antes de chegar ás tuas mãos.

Meu Amor nunca falha,
mesmo que ele te faça sofrer.

Meu Amor suporta todos os males 
e ele te ensinará a suportar tudo.

É resistindo pacientemente a aflição
que a alma é orvalhada com a Minha graça.

A vida se torna estéril se 
somente bafejada pela felicidade.

Os Santos de Deus não podem nutrir-se
de coisas passageiras.

A esperança não nasce
nos tempos fáceis.
Segura, com devoção, 
cada experiência dura.
Suporta, resiste, enfrenta!

Trecho da Bíblia

domingo, 1 de outubro de 2017

Flor de Lótus - Prince Cristal

A Flor de Lótus (Nelumbo Nucífera), também conhecida como Lótus Egípcio, Lótus Sagrado e Lótus da Índia, é uma planta da família das Ninfáceas (mesma família da vitória-régia) nativa do sudeste da Ásia (Japão, Filipinas e Índia, principalmente).
Os povos orientais têm esta flor como símbolo da espiritualidade, pois acreditam que ela desabrocha aqui na Terra somente depois de ter nascido no mundo espiritual. 
O puro lótus branco, a única planta que frutifica e floresce simultaneamente, emerge das profundezas dos pântanos e simboliza a manifestação da natureza universal de Buda ou a consciência de Cristo.
Suas flores são consideradas sagradas pelos budistas da Índia, Tibet, e China.
As flores de lótus foram muito usadas na arte e na arquitetura do Egito antigo.
Nas pinturas tibetanas linhagens de budas e homens santos aparecem flutuando sobre flores de lótus - uma representação dos tronos da suprema espiritualidade. Nas escrituras budistas, no Tibete, conta-se que milagrosamente o pequeno Buda já podia andar ao nascer e que a cada passo que a criança “iluminada” dava, brotavam-lhe flores de lótus de suas pegadas ...
uma das assinaturas de sua origem divina.

Na Índia a planta está relacionada com a criação do mundo. De acordo com as escrituras indianas foi do umbigo de Deus Vishnu que teria nascido uma brilhante flor de lótus e desta teria surgido outra divindade, isto é, Brahma, o criador do cosmo.
Um dos mais interessantes relatos da mitologia egípcia sobre a origem de nosso planeta conta que num tempo muito distante, quando o universo ainda não existia, um cálice de lótus com as pétalas fechadas flutuava nas trevas, um relato que faz lembrar a declaração bíblica que diz: 
“E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”.
Entediada com o vazio, a flor pediu ao Deus Sol Rá (uma divindade andrógina, simultaneamente masculina e feminina) que criasse o universo. 
Tendo criado, a flor agradecida pelo desejo realizado passou a abrigar o Deus Sol em suas pétalas durante a noite de onde ele sai ao amanhecer para iluminar a sua criação.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Reflexões do sétimo ciclo - Prince Cristal

Por mais que queiramos...
Status, beleza e poder... 
Não poderemos garanti-los para toda a vida. 

Na verdade, a pessoa pouco se inquieta
até com aquilo que muito desassossega.

Os  princípios devem ser primordiais,
 estando presentes nas relações e 
em todas as situações banais.

Não se engane com ego e valor. 
Só se conhece o valor de uma alma quando percebemos preciosidades além do amor.

Ouse se conquistar como próprio tutor,
sendo sempre lutador.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Paradoxo da verdade - Tao te king - Lao-Tse


Quem demanda a perfeição

parece ser imperfeito.


Embora a sua oculta plenitude
plenifique todas as vacuidades.

Quem possui verdadeira plenitude
É inesgotável
Por mais que se esgote.

Quem anda direito,
parece torto.

Grande habilidade parece inabilidade.
Arte genuína
parece mediocridade.

Movimento supera o frio.
Quietação vence o calor.
O que é puro e verdadeiro
sempre orienta o mundo.

Lao-Tse da obra-prima Tao te King



Tudo que é do mundo da qualidade é ignorado pelo mundo das quantidades.
O cego acha normal a escuridão o anormal a luz.

O doente que nunca conheceu saúde pode achar normal a doença e anormal a saúde.

Portanto a loucura de Deus é mais sábia que a sabedoria dos homens.

As grandes verdades quase sempre aparecem em forma de paradoxos.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Budismo Tibetano

Quem se interessa pelo Budismo? 
Uma filosofia de vida ou religião? 

Um texto longo para quem tem pressa ou curto para quem tem sede de autoconhecimento.

Se quiser conferir, garanto que a história contada pelo Prince Cristal que é Cristão, e não Budista, é interessante!


Em 534 a.C. um jovem príncipe hindu, provavelmente de ascendência mongólica,chamado Siddartha Gautama ,mais tarde, denominado — Buda, o Iluminado — depois de presenciar a morte e o sofrimento humano, tomou uma decisão suprema. Abandonou tudo: a mulher, o filho recém-nascido, a opulência do seu lar e saiu para meditar sobre o sentido da vida.

Cavalgando o seu cavalo branco Kanthaka atravessou o rio que separava o seu principado para nunca mais voltar. Por este ato espiritual foi considerado um herói máximo para a cultura de sua terra. Esta peregrinação foi longa e dolorosa. Inicialmente, rumou para uma floresta, onde, na solidão da natureza, começou a procurar a solução para os problemas da vida.

Não estando, porém, satisfeito, desceu para os vales sagrados do Ganges em busca de ajuda dos sábios que habitavam suas margens. Apesar da boa vontade, os ensinamentos destes mestres se mostraram insuficientes para o que queria: entender o significado da vida e achar uma solução para a angústia e o vazio da mesma. Despediu-se e continuou viagem, inquieto ainda com tais problemas.

Cinco ascetas do Ganges o acompanharam nesta nova fase. Ingressou, então, na escola do ascetismo, segundo a qual a purificação da consciência e a libertação final do sofrimento podem ser alcançados mediante uma mortificação e autoflagelação do corpo para que o espírito viva. Foi tão extremamente zeloso em mortificar o corpo, durante seis anos, que chegou às portas da morte e ainda muito longe do seu objetivo: a paz e a serenidade interior e o reto caminho da vida.

Por isto, abandonou todas as durezas contra o corpo, deixou o jejum de lado e passou a buscar o que pretendia por outro método. Escandalizados com esta mudança, seus cincos companheiros o abandonaram. Ele seguiu.

Sua última peregrinação foi o caminho da meditação, da volta metódica e refletida para dentro de si mesmo para se auto-encontrar e para perceber, de maneira diferente, a realidade interna.

Buda, sentado de pernas cruzadas, com a respiração tecnicamente realizada, sentou-se debaixo de uma árvore, às margens do rio Naranja. Depois de afastar todas as preocupações e idéias negativas, chegou a um intenso grau de concentração interior, obtendo o que ele chamou de unificação da mente (samatha). Volte e contemple a imagem acima.

Através desta concentração 
4 verdades fundamentais:

1 - A essência do mundo humano é o sofrimento.

2 - A mente humana está estruturada em termos de sofrimento. 

3 - A origem do sofrimento é o desejo, apego às próprias necessidades, às próprias idéias, ao que se julga ser a vida. 

4 - A libertação do sofrimento é possível mediante o domínio dos desejos, dos apegos, até a obtenção de sua extinção.Esta extinção dos desejos e do sofrimento é o que se chama de Nirvana.

Sua iluminação visualizou tudo a partir destas quatro verdades: eis a realidade da vida e a solução para seus problemas. O Nirvana seria a eterna tranqüilidade da natureza que segue imperturbavelmente suas leis eternas.

Dois meses depois desta iluminação, comunicou aos cinco companheiros e amigos o resultado obtido. Rumou para Benares, onde estavam, e ensinou-lhes que para chegar à verdade e à realização das quatro grandes verdades fundamentais era necessária uma preparação, uma metodologia que ele chamou:


Oito etapas para as quatro verdades:



1 - Uma visão reta do mundo e das coisas. Só a meditação a dá.

2 - Pensamento reto, controle das idéias e desejos.

3 - Palavra reta, de acordo com o pensamento (reto).

4 - Vida reta, de acordo com a sabedoria das idéias contidas no pensamento. Isto é muito difícil! Geralmente pensa-se de um modo e vive-se de outro.

5 - Ação reta.


6 - Trabalho reto (esforço), profissão reta.

7 - Conhecimento reto implicando em boa instrução e boa ciência.

8 - Meditação reta, como chave de tudo, como fonte conhecedora de nós e auto-reguladora de nossas desordens.


O sofrimento, a insatisfação, os conflitos enfim, são a enfermidade, o desejo ou a raiz da doença.

Pela remoção ou equilíbrio do desejo, elimina-se a doença.

É este o caminho da cura.

sábado, 5 de novembro de 2016

Longe é um lugar que não existe - Richard Bach

Há muito tempo, Rae Hansen, uma menina às vésperas de seus cinco anos, convida o amigo Richard Bach para sua festa de aniversário.Confiante, ela o espera, apesar de saber que sua casa ficava além dos desertos, tempestades e montanhas...

Como Richard Bach chega até lá e o presente que ele lhe dá são narrados nessa história mágica. Este clássico continua a inspirar as relações de amizade que não mais dependem de tempo nem espaço. 

Quem já voou nas asas da gaivota encontrará aqui muitos pensamentos para compartilhar "até que finalmente acabará descobrindo que não precisa do anel nem de pássaro para voar sozinho acima da quietude das nuvens" e "que as únicas coisas que importam são as feitas de verdade e alegria".

Segue abaixo um resumo dessa história... que apesar de um pouco extensa, acredito valer a pena... ler.

A opção é sua...


"- Rae! Obrigado por me convidar para a sua festa de aniversário!"


Sua casa fica a mil quilômetros da minha e viajo apenas pela melhor das razões. E uma festa para Rae é a melhor e estou ansioso para estar ao seu lado. 

Começo a viagem no coração do Beija-Flor, que há tanto tempo você e eu conhecemos. Ele se mostrou amigo como sempre, mas ficou espantado quando lhe disse que a pequena Rae estava crescendo e que eu estava indo à sua festa de aniversário, levando um presente. 

Voamos algum tempo em silêncio, até que finalmente ele disse:

- Não entendo muito bem o que você falou, mas o que menos entendo é o fato de estar "indo" a uma festa. 

- Claro que estou indo à festa. - respondi. - O que há de tão difícil de se compreender nisso? 

Ele ficou calado e só voltou a falar quando chegamos à casa da coruja:

- Podem os quilômetros separar-nos realmente dos amigos? Se quer estar com Rae, já não está lá?


- A pequena Rae está crescendo e estou indo à sua festa de aniversário com um presente. - falei para a coruja. Parecia estranho dizer "indo" depois da conversa com Beija-Flor, mas falei assim mesmo para que Coruja compreendesse. 



Ela voou em silêncio pôr um longo tempo. 

Era um silêncio amistoso, mas Coruja disse ao me deixar em segurança na casa da águia: 

- Não entendo muito bem o que você falou, mas o que menos entendo é ter chamado sua amiga de "pequena". 

- Claro que ela é pequena, porque não é crescida - respondi. - O que há de tão difícil de se compreender nisso? 

Coruja fitou-me com os olhos profundos, cor de âmbar, sorriu e disse: 

- Pense a respeito. 

- A pequena Rae está crescendo e estou indo à sua festa de aniversário com um presente. - falei para Águia. Parecia estranho falar agora "indo" e "pequena", depois das conversas com Beija-Flor e Coruja, mas falei assim mesmo para que Águia compreendesse. 

Voamos juntos sobre as montanhas, subindo nos ventos das montanhas. 

E Águia finalmente disse : 

- Não entendo muito bem o que você falou, mas o que menos entendo é essa palavra "aniversário". 

- Claro que é aniversário. - respondi. - Vamos comemorar a hora que Rae começou e antes da qual ela não era. O que há de tão difícil de se compreender nisso? 

Águia curvou as asas para a descida e foi pousar suavemente sobre a areia do deserto. 

- Um tempo antes de Rae começar? Não acha que é mais a vida de Rae que começou antes que o tempo existisse? 

- A pequena Rae está crescendo e estou indo à sua festa de aniversário com um presente. - falei para Gavião. Parecia estranho falar "indo", "pequena" e "aniversário", depois das conversas com Beija-Flor, Coruja e Águia, mas falei assim mesmo para que Gavião compreendesse. 

O deserto se estendia interminavelmente lá embaixo e ele finalmente disse: 

- Não entendo muito bem o que você falou, mas o que menos entendo é "crescendo". 

- Claro que ela está crescendo - respondi. - Rae está mais perto de ser adulta, mais longe de ser criança. O que há de tão difícil de se compreender nisso? 

Gavião pousou finalmente numa praia deserta. 

- Mais um ano longe de ser criança? Isso não me parece ser o mesmo que crescer. 

E Gavião alçou vôo e foi embora. 

Eu conhecia o bom senso de Gaivota. Voamos juntos, pensei com muito cuidado e escolhi as palavras, a fim de que, ao falar, Gaivota soubesse que eu estava aprendendo:

- Gaivota, por que está me levando a voar para ver Rae, quando na verdade sabe que estou com ela?



Gaivota sobrevoou o mar, as colinas, as ruas e pousou suavemente em seu telhado e disse:

- Porque o importante é você saber a verdade. Até saber, até realmente compreender, só pode demonstrá-la em coisas menores, com ajuda externa, de máquinas e pessoas e pássaros. Mas deve se lembrar sempre que não saber não impede a verdade de ser verdadeira.

E Gaivota se foi.

E agora é chegado o momento de abrir o seu presente. Presentes de lata e vidro amassam e quebram num dia, somem para sempre. Mas eu tenho um presente melhor para você. 

É um anel para você usar. Cintila com uma luz especial e não pode ser tirado por ninguém, não pode ser destruído. Somente você, no mundo inteiro, pode ver o anel que lhe dou hoje, como fui o único que pude vê-lo quando era meu. 

O anel lhe dá um novo poder. Usando-o, você pode alçar vôo nas asas de todos os pássaros que voam. 

Pode ver através dos olhos dourados deles, pode tocar o vento que passa pôr suas penas macias, pode conhecer a alegria de se elevar muito acima do mundo e suas preocupações. Pode permanecer no céu pôr tanto tempo quanto quiser, através da noite, pelo descer do sol; e quando sentir vontade de outra vez descer, suas perguntas terão respostas, suas preocupações terão acabado. 

Como tudo o que não pode ser tocado com a mão nem visto com o olho, seu presente se torna mais forte à medida que o usa.

A princípio, pode usá-lo apenas quando está fora de casa, contemplando o pássaro com quem você voa. 



Mais tarde, porém, se usá-lo bem, vai funcionar com pássaros que não pode ver, até que finalmente acabará descobrindo que não precisa do anel nem de pássaro para voar sozinho acima da quietude das nuvens. 

E quando esse dia chegar, deve dar seu presente a alguém que saiba que irá usá-lo bem, alguém que possa aprender que as coisas que importam são as feitas de verdade e alegria, não as de lata e vidro. 

Rae, este é o último dia especial de comemoração a cada ano que estarei com você, tendo aprendido com os nossos amigos, os pássaros. 

Não posso ir ao seu encontro porque já estou com você.

Você não é pequena porque já é crescida, brincando entre suas vidas como todos fazemos, pelo prazer de viver.

Você não tem aniversário porque sempre viveu; nunca jamais haverá de morrer. Não é a filha das pessoas a quem chama de mãe e pai, mas a companheira de aventuras delas na jornada maravilhosa para compreender as coisas que são.

Cada presente de um amigo é um desejo de felicidade.

É o caso do anel.

Voe livre e feliz além de aniversários e através do sempre. 

Haveremos de nos encontrar outra vez, sempre que desejarmos, no meio da única comemoração que não pode jamais terminar.

segunda-feira, 28 de agosto de 2006

As Valquirias


As Valquírias tem frequentemente inspirado poetas como mulheres guerreiras que cavalgam corcéis, armadas de elmos e lanças. Elas foram um arquétipo tão poderoso da alma nórdica, que foram vistas, em épocas ulteriores, como dotadas de uma faceta delicada e suave em sua natureza, podendo parecer como Donzelas-Cisne, capazes de voar através dos céus, carregando os guerreiros mortos para o Valhala. Os nórdicos desejavam a tal ponto suavizar e tornar agradável a terrível faceta primal da deusa que a representavam em uma forma mais branda. Foi por isso, que elas passaram para o imaginário artístico moderno com as enormes asas laterais em seus capacetes.


As Valquírias eram belas jovens mulheres louras de olhos azuis, que montadas em cavalos alados e armadas com elmos e lanças, sobrevoavam os campos de batalha escolhendo quais guerreiros, os mais bravos, recém-abatidos entrariam no Valhala. Elas o faziam por ordem e benefício de Odin, que precisava de muitos guerreiros corajosos para a batalha vindoura do Ragnarok.



A palavra vem do nórdico antigo Valkyrja (algo como "as que selecionam os mortos em batalha"). No século VIII e IX o termo usado era Wælcyrge.




As Valquírias escoltavam esses heróis, que eram conhecidos como Einherjar, para Valhala, o salão de Odin. Lá, os escolhidos lutariam todos os dias e festejariam todas as noites em preparação ao Ragnarok, quando ajudariam a defender Asgard na batalha final.




As Valquírias cavalgavam nos céus com armadura brilhantes e ajudavam a determinar o vitorioso das batalhas e o curso das guerras. Dia 31 de janeiro é a data dedicada às Valquírias.


Acreditava-se que a aurora boreal, o Sol da meia-noite dos países nórdicos, era a luz refletida pelos escudos das Valquírias ao levarem as almas para Valhala.

The Valkyrie's Vigil , de Edward Robert Hughes.


Em cada um de nós há o desejo do herói, com a capacidade de superar os desafios da vida. O encontro com o verdadeiro herói requer uma viagem, da inconsciência a conscientização, das tenebrosas profundezas até as altitudes luminosas e da dependência à auto-suficiência.

segunda-feira, 5 de junho de 2006

A Profecia Celestina ... um elo entre o espiritual e o físico...


Encontrei este livro a 10 anos atrás considero um "cult" ! A estória gira em torno de um antigo manuscrito, descoberto nas florestas do Peru.

O sentido da vida humana é colocado numa forma surpreendentemente simples e lógica. Nos conduz a uma incrível condição de serenidade e paz, porque os segredos e verdades estabelecidos em nove visões representam, de fato, um elo entre o espiritual e o físico.

Na verdade não são "visões" no sentido esotérico como se pode imaginar, mas no sentido de percepção, constatação e conscientização, porque tudo o que é aprendido é internalizado no momento da "visualização", isto é, o conhecimento só é adquirido no momento em que formamos uma imagem clara e definida na consciência. Vale a pena ler!

O filme foi lançado este ano no festival de Cannes e esta em exibição nos cinemas Americanos. 

Site do filme: A Profecia Celestina

Um resumo das nove visões:

Existe uma coisa a mais. A Primeira Visão. Alguma vez você já teve um palpite ou intuição sobre uma coisa e, sem mais nem menos, acontece igual ou semelhante? Quantas vezes nos deparamos com situações em que nossa primeira reação é dizer: "- Mas que coincidência...!", ou então: "- Como esse mundo é pequeno...!". Isso tem acontecido muito seguido na vida de todos nós e, quando acontece, temos a sensação de que alguma coisa está ocorrendo, que alguma força exterior está agindo como que se estivesse nos dando um aviso ou até mesmo guiando nosso destino.

O Pensamento Universal . A Segunda Visão é uma retrospectiva do nosso pensamento. Na prática, estivemos tão envolvidos no corre-corre da vida e em garantir nossa segurança que esquecemos do nosso bem estar espiritual e nosso sossego íntimo. A primeira visão provoca uma parada para reflexão onde surge: "que estive fazendo?", "por que?" "para que?". Ao tentar responder essas perguntas, tomamos consciência das influências recebidas das pessoas próximas e também do pensamento universal ao longo do tempo. Temos então a sensação de estarmos, não sozinhos, mas inseridos numa corrente global em movimento. 

Contemplação da energia. A Terceira Visão diz respeito à consciência de que o universo todo é pura energia vibrando em diferentes níveis, pode ser vista e reage às nossas expectativas e ações. Essa energia passa a ser sentida ao observarmos as coisas da natureza ao nosso redor, começando pelas plantas e árvores, depois pelos outros seres e daí para as outras coisas, onde tudo convive e se ajusta em harmonia.

Luta pela sobrevivência? A Quarta Visão trata do conflito humano e seus mecanismos. É a consciência de que nas relações humanas tendemos a controlar, dominar e manipular os outros, com o intuito inconsciente de absorver-lhes a energia. Se é inconsciente, qual a origem desse "impulso"? Nossa insegurança? Nossas crenças?

A Quinta Visão define que nossa escassez de energia pode ser remediada quando nos ligamos numa fonte superior de energia. O universo nos proporciona tudo o que necessitamos, bastando apenas que estejamos abertos a isso. 

A Sexta Visão nos leva a identificar nossos dramas repetidos e descobrir a verdade sobre nós mesmos. 

A Sétima Visão põe em movimento a evolução dos eus mais autênticos, através da pergunta, da intuição sobre o que fazer, e da resposta. Permanecer nessa corrente mágica era a verdadeira felicidade. 

A Oitava Visão aprender como se relacionar de uma maneira nova com os outros, realçando o que de melhor existe neles, é a chave para manter o mistério atuando e as respostas surgindo. Quanto mais beleza vemos, mais evoluímos. Quanto mais evoluímos, mais alto vibramos.

A Nona Visão nos revela que, em última análise, nossa percepção e vibração aumentadas nos abrirão um céu que já está diante de nós. Apenas não podemos vê-lo.

sábado, 3 de junho de 2006

Yin Yang - Prince Cristal

Queridos leitor(a)  ! 
Hoje é de 3 de Junho de 2006. 
Comecei a fazer este blog : Prince Cristal! 
Tenho o sonho de mostrar algo diferenciado em 
Poesias minhas e aquelas que gosto com Arte e Músicas. 
Prince o meu lado terreno Yang 
Cristal o meu lado místico Yin 

Em chinês este conhecido símbolo que representa a integração de Yin e Yang é denominado o diagrama do Tai Chi.   A doutrina chinesa do yin e yang é básica na filosofia e metafísica desta cultura.  Segundo esta filosofia, duas forças complementares compõem tudo que existe, e do equilíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação. 
Essas forças são:

Yin : O princípio passivo, feminino,
noturno, escuro, frio
Yang: O princípio ativo,masculino, 
diurno, luminoso, quente.

Essas qualidades acima atribuídas a cada um dos dois princípios são, não definições, mas analogias que exemplificam a expressão de cada um deles no mundo fenomênico. Os princípios em si mesmos estão implícitos em toda e qualquer manifestação. Os exemplos acima não incluem qualquer juízo de valor, e não há qualquer hierarquia entre os dois princípios.
Assim, referir-se a yin como negativo indica apenas que ele é oposto a yang, quando chamado de positivo. Esta analogia é como a carga elétrica atribuída a prótons e elétrons: os opostos se complementam, positivo não é bom ou mau, é apenas o oposto complementar de negativo.

A realidade observada é fluida e em constante mutação, na perspectiva da filosofia Chinesa tradicional. Portanto, tudo que existe contém tanto o princípio yin quanto o yang. O símbolo yin-yang expressa esse conceito: dentro do yin escuro está contido o yang claro, dentro do yang claro está contido o yin escuro.


O I Ching ou O Livro das mutações, mostra uma aplicação do princípio Yin-Yang ao dividir as combinações possíveis da manipulação das 49 varetas em Yin-jovem e Yin-velho. As linhas velhas, ou móveis, indicam uma sobrecarga do princípio que representam, portanto estão prestes a se transformar no princípio oposto. 

Os conceitos Yin e Yang estão presente no mito de criação da terra e humanidade, a história de Pan gu, e atribui-se seu mais antigo uso sistemático ao I – Ching.  Contudo não há dúvidas que a cânone básico de sua aplicação à medicina é no livro de Nei Ching, o livro do Imperador Amarelo que diz: 

“O princípio de Yin e do Yang - os elementos masculino e feminino da Natureza - é o princípio básico de todo o Universo. É o princípio de tudo quanto existe na Criação. Efetua a transformação para a paternidade; é a raiz e a fonte da vida e da morte, e também encontra-se no tempo dos deuses. A fim de tratar e curar as doenças, há que investigar-se a sua origem. O céu foi criado por uma acumulação de Yang, o elemento da luz; e a terra foi criada por uma acumulação de yin o elemento das trevas. “ 

Filosofia Taoista - Tao Te Ching 

Do Caminho surge 1 (aquele que está consciente), de cuja consciência por sua vez surge o conceito de 2 (yin e yang), dos quais o 3 está implícito (céu, terra e humanidade). Isto resulta finalmente  a totalidade do mundo como o conhecemos, as dez mil coisas, através da harmonia das Wuxing.  

Aja de acordo com a natureza, 
e com sutileza em lugar de força

A perspectiva correta será encontrada pela atividade mental da pessoa, até chegar a uma fonte mais profunda que guie sua interação pessoal com o universo.

O desejo obstrui a habilidade pessoal de entender 
o caminho e moderar o desejo gera contentamento. 

Os Taoístas acreditam que quando um desejo é satisfeito, outro, mais ambicioso, brota para substitui-lo. Em essência, a maioria dos Taoístas sente que a vida deve ser apreciada como ela é, em lugar forçá-la a ser o que não é. Idealmente, não se deve desejar nada, "nem mesmo não desejar".
Unidade: ao perceber que todas as coisas (inclusive nós mesmos) são interdependentes e constantemente redefinidas pela mudança das circunstâncias, passamos a ver todas as coisas como elas são, e a nós mesmos como apenas uma parte do momento presente. Esta compreensão da unidade nos leva a uma apreciação dos fatos da vida e do nosso lugar neles como simples momentos miraculosos que "apenas são". 

Dualismo, a oposição e combinação dos dois princípios básicos Yin e Yang do universo, é uma grande parte da filosofia básica. Algumas das associações comuns com Yang e Yin, respectivamente, são: masculino e feminino, luz e sombra, ativo e passivo, movimento e quietude. 

Os Taoístas acreditam que nenhum dos dois é mais importante ou melhor que o outro, na verdade, nenhum pode existir sem o outro, porque eles são aspectos equiparados do todo. São em última análise uma distinção artificial baseada em nossa percepção das dez mil coisas, portanto é só nossa percepção delas que realmente muda.
Saúde, Paz e Amor 
... e que o Sonho continue a me acompanhar