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sábado, 9 de janeiro de 2021

Sobre a dor - Kahlil Gibran

E uma mulher falou e disse,
Fala-nos da Dor...
E ele respondeu:

A vossa dor é o quebrar da concha
que envolve a vossa compreensão.

Assim como o caroço da fruta
tem de fender-se para que o seu coração
fique exposto ao sol,
também vós deveis conhecer a dor.

E se conseguisses maravilhar-vos 
com os milagres diários da vossa vida,
a vossa dor não vos pareceria menos intensa
do que a vossa alegria.

E aceitareis as estações do vosso coração,
tal como haveis aceite as estações
que passam sobre o vossos campos.

E passareis com serenidade
os invernos das vossas mágoas.

Muita da vossa dor é escolhida por vós.
É a poção amarga com a qual o médico
dentro de vós cura o vosso interior doente.

Por isso confiai no médico
e bebei o seu remédio em silêncio e tranquilidade:
Pois a sua mão, embora dura e pesada,
é guiada pela mão terna do Invisível.

E o cálice que ele vos dá,
embora possa queimar os vossos lábios,
foi feito com o gesso que o Oleiro umedeceu 
com as suas lágrimas sagradas.

O Profeta - Kahlil Gibran

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

The Divine World by Kahlil Gibran

O ícone pancultural do Olho-na-Mão manifesta a ligação integral e interativa entre duas funções humanas essenciais: sensação/observação (o olho) e ação(a mão). Juntas, estas duas habilidades, representam a condensação simbólica e mais eficaz dos ideais da existência humana - onisciente (todo-saber) e onipotente (todo-poderoso) - em um ícone de duas partes muito simples: o olho na mão.

Este quadro "The Divine World" foi uma visão e obra prima de Gibran em 1908.

O Libanês Gibran Kahlil Gibran (Assim assinava em árabe): escritor, pintor, artista e poeta... influenciou de modo extraordinário a vida de milhões de pessoas, fazendo chegar ao mundo uma mensagem de amor, reconciliação, de tolerância e de paz, de fraternidade, de perdão e auxílio mútuo. 

Alguns pensamentos de Gibran...

A borboleta continuará a pairar sobre o campo e as gotas de orvalho ainda brilharão sobre a relva quando as pirâmides do Egito estiverem destruídas e não mais existirem os arranha-céus de Nova York.

Ninguém pode conviver sozinho com a beleza que é capaz de perceber. E quanto a nós, que buscamos o absoluto, e que construímos um jardim usando a nossa própria solidão, a vida nos deixou a imensa paixão para aproveitar cada instante, com toda a intensidade.

Eu estou vivo como você. E de pé a seu lado. Feche os olhos e olhe ao redor, e me verá.

O pecado não existe, exceto na medida em que o criamos. Somos nós, portanto, que devemos destruí-lo. Se escolhermos fazer o mal, ele existirá até que o destruamos. O bem não podemos fazê-lo, pois ele é o próprio alento do Universo; mas podemos escolher respirar e viver nele e com ele.

Leia "O Profeta"

sábado, 9 de agosto de 2008

Sobre os Filhos - Gibran Kahlil Gibran

Uma mulher que carregava o filho nos braços disse: "Fala-nos dos filhos."

E ele falou:

Vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós. 

E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,
Porque eles têm seus próprios pensamentos. 

Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã,
Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho. 

Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados. 

Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força
Para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe. 

Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria:
Pois assim como ele ama a flecha que voa,
Ama também o arco que permanece estável.

Trecho do livro "O Profeta"
Gibran Kahlil Gibran, em Árabe
جبران خليل جبران