Por acaso, surpreendo-me no espelho: quem é esse
Que me olha e é tão mais velho do que eu?
Porém, seu rosto…é cada vez menos estranho…
Meu Deus, Meu Deus…Parece
Meu velho pai - que já morreu!
Como pude ficarmos assim?
Nosso olhar - duro - interroga:
“O que fizeste de mim?!
“Eu, Pai?!
Tu é que me invadiste,
Lentamente, ruga a ruga…Que importa?
Eu sou, ainda,
Aquele mesmo menino teimoso de sempre
E os teus planos enfim lá se foram por terra.
Mas sei que vi, um dia - a longa, a inútil guerra!
-Vi sorrir, nesses cansados olhos, um orgulho triste…
Que me olha e é tão mais velho do que eu?
Porém, seu rosto…é cada vez menos estranho…
Meu Deus, Meu Deus…Parece
Meu velho pai - que já morreu!
Como pude ficarmos assim?
Nosso olhar - duro - interroga:
“O que fizeste de mim?!
“Eu, Pai?!
Tu é que me invadiste,
Lentamente, ruga a ruga…Que importa?
Eu sou, ainda,
Aquele mesmo menino teimoso de sempre
E os teus planos enfim lá se foram por terra.
Mas sei que vi, um dia - a longa, a inútil guerra!
-Vi sorrir, nesses cansados olhos, um orgulho triste…
Poesia de Mário Quintana
Quadro de Caravaggio, Narciso de 1548.
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