quarta-feira, 21 de abril de 2010

Desencanto - Manuel Bandeira

Eu faço versos como quem chora
De desalento , de desencanto
Fecha meu livro se por agora
Não tens motivo algum de pranto.

Meu verso é sangue , volúpia ardente
Tristeza esparsa , remorso vão
Dói-me nas veias amargo e quente
Cai gota à gota do coração.

E nesses versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre
Deixando um acre sabor na boca
Eu faço versos como quem morre.

Qualquer forma de amor vale a pena!!
Qualquer forma de amor vale amar!!


Manuel Bandeira

Um comentário:

Curiosa da Vida disse...

Ólá Prince, sou eu a Roséli, do 'Meu Cantinho' ...
Mudei de endereço e procuro os velhos amigos ...
Teu blog? Maravilhosos como sempre ...
bj