As coisas que não têm nome assustam, escravizam-nos, devoram-nos...
Se a bela faz de ti gato e sapato, chama-lhe, por exemplo, A BELA DESDENHOSA.
E ei-la rotulada, classificada, exorcizada, simples marionete agora, com todos os gestos perfeitamente previsíveis, dentro do seu papel de boneca de pau.
E no dia em que chamares a um dragão de JOLI, o dragão te seguirá por toda parte como um cachorrinho...
Se a bela faz de ti gato e sapato, chama-lhe, por exemplo, A BELA DESDENHOSA.
E ei-la rotulada, classificada, exorcizada, simples marionete agora, com todos os gestos perfeitamente previsíveis, dentro do seu papel de boneca de pau.
E no dia em que chamares a um dragão de JOLI, o dragão te seguirá por toda parte como um cachorrinho...
Mario Quintana
Sapato Florido, 1948
Um comentário:
Belo poema, Prince ...
Certíssimo o Quintana: as palavras, os nomes dão vida ás coisas e ao mundo ....
Há tempos não te visitava ... Está ótimo o blog ...
bj
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