Na curva perigosa dos cinquenta derrapei neste amor.
Que dor! que pétala sensível e secreta me atormenta e me provoca à síntese da flor que não sabe como é feita: amor na quinta-essência da palavra, e mudo de natural silêncio já não cabe em tanto gesto de colher e amar
A nuvem que de ambígua se dilui nesse objeto mais vago do que nuvem e mais indefeso, corpo!
Corpo, corpo, corpo
Verdade tão final, sede tão vária a esse cavalo solto pela cama a passear o peito de quem ama.
Poesia de Carlos Drummond
Quadro Vincent Van Gogh
Um comentário:
Manoel:
As vezes a desordem pode significar, uma mudança, uma sacudida em nossos sentimentos.
Uma viagem gostosa, da qual regressamos cansados e recordamos de belos momentos.
Como escreveu Drummond:
"Verdade tão final, sede tão vária
a esse cavalo solto pela cama
a passear o peito de quem ama".
Já pensou como seria maravilhoso
passear assim, no peito de quem amamos? Lindo texto! Me fez refletir... Parabéns! Seu blog está um encanto! Uma abraço*Juli*
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