Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto ...
E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"
E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.
2 comentários:
Eis-me! Ando desaparecida, mas estava lembrando de Bilac hoje e vim checar: claro que seu blog tem minha poesia favorita dele!
Minha memória é ruim para decorar, mas essa eu sei inteira porque foi 'cantada' num álbum do Kid Abelha. Imagina Bilac e Paula Toller. Dá samba?
Relembro-me de que quando eu era criança ficava a admirar as estrelas, contando-as no céu. Deitada na varanda de minha casa no interior da bahia, nada mais importava neste momento, a não ser contar estrelas, descobrir suas cores, as que brilhavam mais, as maiores , as menores. E se aparecessem verrugas em mim, nem ligaria. Obrigada Prince pelo poema de Olavo Bilac!! Beijos
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