Gosto de ti calada porque estás como ausente e me ouves de longe, e esta voz não te toca.
Parece que os teus olhos foram de ti voando e parece que um beijo fechou a tua boca.
Como todas as coisas estão cheias da minha alma tu emerges das coisas cheias da alma minha.
Borboleta de sonho, pareces-te com a minha alma e pareces-te com a palavra melancolia.
Gosto de ti calada e estás como distante e estás como queixando-te, borboleta em arrulho.
E ouves-me de longe, e esta voz não te alcança: vais deixar que eu me cale com o silêncio teu.
Vais deixar que eu te fale também com o teu silêncio claro como uma lâmpada, simples como um anel.
Tu és igual à noite, calada e constelada.
O teu silêncio é de estrela, tão longínquo e tão simples.
Gosto de ti calada porque estás como ausente.
Distante e dolorosa como se houvesses morrido.
Uma palavra então, um teu sorriso bastam.
E eu estou alegre, alegre porque não é verdade.
2 comentários:
PARABÉNS POR TERES AQUI COLOCADO O POEMA QUE JUNTAMENTE COM "AQUI TE AMO" SÃO PARA MIM OS POEMAS MAIS LINDOS QUE ALGUMA VEZ FORAM ESCRITOS
Poemas que envolvem por completo, que levam a várias descobertas. Umas doem, outras suavizam! A vida segue entre os dias e noites! Beijos!!
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