domingo, 2 de julho de 2017

Nossos desejos vão ficando para trás


Trago para vocês uma fábula para que vocês pensem mais no que deixamos para trás apenas para representar um bom papel.

Quantos desejos e necessidades não matamos apenas para representar bem o papel que esperam de nós.


Devemos viver para realizar um sonho e acreditar na vida eterna!

E quando vivemos para agradar as outras pessoas...

Eu me lembro da fábula do burro !


Um homem ia com o filho levar um burro para vender no mercado.

– O que você tem na cabeça para levar um burro estrada afora sem nada no lombo enquanto você se cansa? – disse um homem que passou por eles. 

Ouvindo aquilo, o homem montou o filho no burro, e os três continuaram seu caminho.
– Ô rapazinho preguiçoso, que vergonha deixar o seu pobre pai, um velho andar a pé enquanto vai
montado! – disse outro homem com quem cruzaram

O homem tirou o filho de cima do burro e montou ele mesmo. 

Passaram duas mulheres e uma disse para a outra:

– Olhe só que sujeito egoísta! Vai no burro e o filhinho a pé, coitado...

Ouvindo aquilo, o homem fez o menino montar no burro na frente dele. 

O primeiro viajante que apareceu na estrada perguntou ao homem:

– Esse burro é seu?

O homem disse que sim. O outro continuou:

– Pois não parece, pelo jeito como o senhor trata o bicho. Ora, o senhor é que devia carregar o burro em lugar de fazer com que ele carregasse duas pessoas.
Na mesma hora o homem amarrou as pernas do burro num pau, e lá se foram pai e filho aos tropeções carregando o animal para o mercado.

Quando chegaram, todo mundo riu tanto que o homem, enfurecido, jogou o burro no rio, pegou o filho pelo braço e voltou para casa. 

Do livro: Fábulas de Esopo.
Quem quer agradar todo mundo, no fim, não agrada ninguém e nunca a si mesmo

3 comentários:

Anônimo disse...

Olá.
Não me sacrifiquei tanto por causa do que esperavam de mim, porque nunca me importei. Mas também eu, nunca esperei tanto de mim, como por ex.,expectativas seguidas por expectativas.
Continuo a não me importar.
Continuo a não ter grandes expectativas.
Mas também sempre cometi o esforço de não esperar de ninguém.
É meio triste sim.
Mas não é entediante, porque sempre considerei o viver e o conviver um desafio constante, mutável .
Desejo que as pessoas tenham a serenidade de ser elas mesmas, para que troquem estes desafios com o mínimo de sinceridade.

A Viajante disse...

Finalmente conheci o seu espaço!

Não me lembrava dessa fábula, narrada aqui. Bem, eu "tento" seguir meus princípios, minha vida, sem tentar ir acumulando estratégias políticas para agradar A, B ou C.
Quem me conhece sabe que não me incomodo com o que pensam ou falam de mim. Mas quanto aos segredos, àquilo que me cega às vezes, de tanto que sonho e procuro, sem ter ainda encontrado, bem...aí escrevo.

Beijo, querido!! Vou te adicionar... vai no meu, tb!! O meu blog está com quase 3 anos, esperto que só... risos...
http://foiassimdoispontos.blogspot.com.br/

Elzinha disse...

Existe uma linha muito tênue que fixa o limite entre o papel que escolhemos no mundo e o desejo de verdadeiramente nos tornarmos livres, e consequentemente felizes. O grande prazer da vida é descobrir, a cada passo, essa medida...