Ó minha amada
Que olhos os teus
São cais noturnos cheios de adeus
São docas mansas trilhando luzes
Que brilham longe
Longe dos breus…
Ó minha amada que olhos os teus
Quanto mistério nos olhos teus
Quantos saveiros quantos navios
Quantos naufrágios nos olhos teus…
Ó minha amada
Que olhos os teus
Se Deus houvera fizera-os Deus
Pois não os fizera quem não soubera
Que há muitas era nos olhos teus.
Ah, minha amada
De olhos ateus cria a esperança
Nos olhos meus
De verem um dia o olhar mendigo
Da poesia nos olhos teus.
Vinícius de Moraes
Um comentário:
Lindo Prince...lindo...
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