Devagar, o tempo transforma tudo em tempo.
O ódio transforma-se em tempo,
o amor transforma-se em tempo,
a dor transforma-se em tempo.
Os assuntos que julgamos mais profundos, mais impossíveis, mais permanentes e imutáveis,
transformam-se devagar em tempo.
Por si só, o tempo não é nada.
A idade de nada é nada.
A eternidade não existe.
No entanto, a eternidade existe.
Os instantes dos teus olhos parados sobre mim eram eternos.
Os instantes do teu sorriso eram eternos.
Os instantes do teu corpo de luz eram eternos.
Foste eterna até ao fim.
José Luís Peixoto,
in “A Casa, A Escuridão”
O ódio transforma-se em tempo,
o amor transforma-se em tempo,
a dor transforma-se em tempo.
Os assuntos que julgamos mais profundos, mais impossíveis, mais permanentes e imutáveis,
transformam-se devagar em tempo.
Por si só, o tempo não é nada.
A idade de nada é nada.
A eternidade não existe.
No entanto, a eternidade existe.
Os instantes dos teus olhos parados sobre mim eram eternos.
Os instantes do teu sorriso eram eternos.
Os instantes do teu corpo de luz eram eternos.
Foste eterna até ao fim.
José Luís Peixoto,
in “A Casa, A Escuridão”
Um comentário:
Que belo!
A idéia da eternidade atrai..
Sempre quis alcançá-la olhando para frente, para o futuro.. algo que por essência não existe..
Mas o que pode alcançar a força e totalidade da eternidade senão a entrega (verdadeira e completa)?
Cada sorriso, cada olhar, cada instante meus totalmente entregues.. isso foi e é eterno.. e, igualmente, os teus a mim o são..
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