Ébrio de terebintina e longos beijos, estival, o veleiro das rosas eu dirijo, dobrado para a morte do finíssimo dia, cimentado no sólido frenesi marinho.
Pálido e amarrado à minha água devorante passo no azedo cheiro do clima descoberto, vestido ainda de cinzento e sons amargos, e uma cimeira triste de abandonada espuma.
Vou, duro de paixões, montado na minha onda, única, lunar, solar, ardente e frio, repentino, adormecido na garganta das afortunadas ilhas brancas e doces como nádegas frescas.
Treme na úmida noite o meu vestido de beijos loucamente carregado de elétricas gestões, de modo heroico dividido em sonhos e embriagadoras rosas exercitando-se em mim.
Contra a corrente, no meio das ondas externas,o teu paralelo corpo aperta-se nos meus braços
como um peixe infinitamente amarrado à minha alma rápido e lento na energia sub celeste.
Um comentário:
Poema belíssimo que exprime o sentimento de um poeta que amou com a mais profunda existência de sentimentos! Viver sem ter medo de se expor, ser intenso nas emoções e conseguir passar toda a beleza das feridas do amor!!Beijos!
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