sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Veneza... uma viagem ao passado

Veneza ( em italiano Venezia) é uma comuna italiana da região do Vêneto, província de Veneza, com cerca de 266.181 habitantes, conhecida pelos seus canais e pela catedral de São Marcos. A cidade se tornou uma potência comercial a partir do século X, no qual sua frota já era uma das maiores da Europa. Como cidade comercial, tinha várias feitorias e controlava várias rotas comerciais no Levante.

Cheguei nesta cidade mágica em Maio de 1997 e vou contar aqui minha tarde e noite deste dia. Fui a trabalho para um congresso de tecnologia e visitas na Itália. Cheguei ao aeroporto de Veneza às 15hs, vindo de Roma e peguei um “vaporetto”(barco que funciona como transporte público) para meu hotel em Lido, uma localidade próxima.
Instalei-me no hotel Excelsior Lido. Somente este hotel já seria uma volta ao passado com mais de um século de existência. Tomei banho rápido e segui para um dos diversos restaurantes da cidade. Pensava em descansar um pouco a tarde, para visitar Veneza ainda naquela noite. Não consegui! Tudo muito diferente a começar pelos costumes. No restaurante mulheres e crianças sentavam numa mesa, os homens em outra. Refeição é um ritual Italiano... Desde Roma já havia percebido que não seria possível comer antepasto, primeiro prato, segundo prato, sobremesas, além de vinhos, cafés e biscoitos.

Depois de um tempo compreendi que o cardápio completo do Italiano é apenas uma opção completa para turistas.
O ritual da refeição é o encontro, o prazer da conversa e da comemoração.

Como é expressivo e temperamental esse povo. Cheguei a Veneza por volta das 20hs, num entardecer lindo com o sol se pondo no horizonte.

Era tudo muito novo! Perceber que eu estava passando entre prédios medievais num barco, no grande canal, tendo o oceano como pista e o sol reluzindo dourado naquelas águas.Mais tarde estava descendo na “Piazza San Marco” com sua catedral monumental e os leões alados que guardam a rua de entrada.

Tive a oportunidade de sentar num dos bares ao largo da praça, no “Palazzo Ducale”, tomar um vinho e ouvir uma orquestra que tocava uma valsa muito doce enquanto me divertia com os pombos ainda voando de lá para cá.
Aos poucos a noite caiu e o vinho secara... Era preciso ir em frente naquele trecho de Veneza que se podia caminhar.

Talvez o vinho e o frio, mas de alguma forma sentia que estivera ali antes. Pensei... Quem sabe em vidas passadas?

Atravessei diversos canais. Gondoleiros acendiam a iluminação de suas embarcações, outros apenas a guardavam.Becos escuros, vitrines de lojas luxuosas... estava indo em direção a ponte Rialto.

Agora tudo estava iluminado, mas de forma tênue, mesas de diversos bares a beira do canal iluminadas com velas como a 500 anos atrás.

Restaurantes com mariscos no gelo na entrada convidavam os visitantes a se aproximar. Já não conseguiria mais comer nada. Parei, e fiquei apreciando aquela vista sob a ponte e percebendo que se tratava de um estilo de vida que ainda não tinha experimentado.

A temperatura tinha caído para uns 8ºC. Era primavera. Muita música, movimento, lojas, antiguidades, cristais, Gondoleiros. Ahh... as máscaras Venezianas!

Retornei às 23hs no”vaporetto” para Lido, com o vento gelado cortando meu rosto, era como uma viagem ao passado.
Toda a magia desta cidade construída sobre o mar me contagiou. Recomendo a quem valoriza o antigo e as tradições. Museus não faltam. A catedral é um colosso. Ainda voltarei lá...

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