Veneza ( em italiano Venezia) é uma comuna italiana da região do
Vêneto, província de Veneza, com cerca de 266.181 habitantes,
conhecida pelos seus canais e pela catedral de São Marcos. A cidade se
tornou uma potência comercial a partir do século X, no qual sua frota
já era uma das maiores da Europa. Como cidade comercial, tinha várias
feitorias e controlava várias rotas comerciais no Levante.
Cheguei nesta cidade mágica em Maio de 1997 e vou contar aqui minha
tarde e noite deste dia. Fui a trabalho para um congresso de tecnologia
e visitas na Itália. Cheguei ao aeroporto de Veneza às 15hs, vindo de
Roma e peguei um “vaporetto”(barco que funciona como transporte público)
para meu hotel em Lido, uma localidade próxima.
Instalei-me no hotel Excelsior Lido. Somente este hotel já seria
uma volta ao passado com mais de um século de existência. Tomei
banho rápido e segui para um dos diversos restaurantes da cidade.
Pensava em descansar um pouco a tarde, para visitar Veneza ainda
naquela noite. Não consegui! Tudo muito diferente a começar pelos
costumes. No restaurante mulheres e crianças sentavam numa mesa, os
homens em outra. Refeição é um ritual Italiano... Desde Roma já
havia percebido que não seria possível comer antepasto, primeiro
prato, segundo prato, sobremesas, além de vinhos, cafés e
biscoitos.
Depois de um tempo compreendi que o cardápio completo do Italiano é apenas uma opção completa para turistas.
O ritual da refeição é o encontro, o prazer da conversa e da comemoração.
Como é expressivo e temperamental esse povo. Cheguei a Veneza por volta das 20hs, num entardecer lindo com o sol se pondo no horizonte.
Era tudo muito novo! Perceber que eu estava passando entre prédios
medievais num barco, no grande canal, tendo o oceano como pista e o
sol reluzindo dourado naquelas águas.Mais tarde estava descendo na
“Piazza San Marco” com sua catedral monumental e os leões alados que
guardam a rua de entrada.
Tive a oportunidade de sentar num dos bares ao largo da praça,
no “Palazzo Ducale”, tomar um vinho e ouvir uma orquestra que
tocava uma valsa muito doce enquanto me divertia com os pombos
ainda voando de lá para cá.
Aos poucos a noite caiu e o vinho secara... Era preciso ir em
frente naquele trecho de Veneza que se podia caminhar.
Talvez o vinho e o frio, mas de alguma forma sentia que estivera
ali antes. Pensei... Quem sabe em vidas passadas?
Atravessei diversos canais. Gondoleiros acendiam a iluminação de
suas embarcações, outros apenas a guardavam.Becos escuros, vitrines de lojas luxuosas... estava indo em direção
a ponte Rialto.
Agora tudo estava iluminado, mas de forma tênue, mesas de diversos
bares a beira do canal iluminadas com velas como a 500 anos
atrás.
Restaurantes com mariscos no gelo na entrada convidavam os
visitantes a se aproximar. Já não conseguiria mais comer nada.
Parei, e fiquei apreciando aquela vista sob a ponte e percebendo
que se tratava de um estilo de vida que ainda não tinha
experimentado.
A temperatura tinha caído para uns 8ºC. Era primavera. Muita
música, movimento, lojas, antiguidades, cristais, Gondoleiros.
Ahh... as máscaras Venezianas!
Retornei às 23hs no”vaporetto” para Lido, com o vento gelado
cortando meu rosto, era como uma viagem ao passado.
Toda a magia desta cidade construída sobre o mar me contagiou.
Recomendo a quem valoriza o antigo e as tradições. Museus não
faltam. A catedral é um colosso. Ainda voltarei lá...
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