sábado, 28 de janeiro de 2017

Dois Amantes - Pablo Neruda

"Dois amantes ditosos fazem um só pão,
uma só gota de lua na erva,
deixam andando duas sombras que se reúnem,
deixam um só sol vazio numa cama...

De todas as verdades escolheram o dia....
não se ataram com fios senão com um aroma,
e não despedaçaram a paz nem as palavras...
A ventura é uma torre transparente...
O ar, o vinho vão com os dois amantes,
a noite lhes oferta suas ditosas pétalas,
têm direito a todos os cravos...

Dois amantes felizes não têm fim nem morte,
nascem e morrem muitas vezes enquanto vivem...
têm da natureza a eternidade"...

Pablo Neruda

3 comentários:

Unknown disse...

Platão filosofou que a arte é uma expressão divina. Guardadas as diferenças entre os deuses gregos e o nosso Deus, Neruda escreveu este poema certamente através das mãos do Criador.
O amor feliz é isso mesmo. Uma ressurreição eterna. E eu creio. Amém.

Cris disse...

Adorei a poesia.
O amor verdadeiro traz felicidade!

Daniela disse...

Ame! Simplesmente, Ame!! Não precisa os porquês, como, quando, onde! A vida é agora! Deslumbre-a!!!!